
Disciplina: Língua Portuguesa interdisciplinar com Ciências
Conteúdo: Texto Informativo e Texto Literário
* Interpretação de texto
* ORTOGRAFIA
* Valores morais e éticos
Duração: Dependendo da turma 03 a 04 aulas de 50 minutos cada
Público alvo: 3º ao 5º ano
Elaboração: Simone Malta
Objetivo: Estimular a leitura e a comparação dos textos, confrontando-os e estabelecendo as diferentes regras entre ambos. Trabalhar a ortografia, conhecimento de palavras novas aplicando-as em novas frases ou parágrafos. Estimular a imaginação.
TEXTO I
A professora inicia a aula questionando quem já viu um vaga-lume, como ele é, onde é mais fácil encontrá-lo, enfim, fazendo um levantamento prévio e registrando em uma folha ou no quadro.Pode acontecer de alguns alunos dizerem que pegam vaga-lume e prendem em caixas de fósforo – daí vale trabalhar a questão ambiental, será que podemos pegar pequenos insetos e prendê-los só para ficar admirando-os? Como nos sentiríamos se fôssemos presos?... Vaga-lumes foram feitos para ficarem presos e serem admirados ou para viverem soltos na natureza?...
VAGA-LUME
Nome comum: Vaga-lume
Nome em inglês: Glow worm
Nome em Espanhol: luciérnagas
Nome em Italiano: Lucciola
Nome científico: Lampyris noctiluca
Classe: Insecta
Filo: Arthropoda
Ordem: Coleoptera
Família: Lampyridae
Característiccas:
Comprimento: 10 mm (macho); 12 a 20 mm (fêmea)
Característica: Só o macho: 2 asas e élitros
Com seu corpo frágil, cor de terra, a fêmea do vaga-lume pode somente arrastar-se no chão. Como ela faz para chamar a atenção dos machos alados que zumbem no ar quente da noite? Para compensar a falta de asas, desenvolveu-se algo muito especial durante a evolução do vaga-lume: pequenas glândulas que segregam luciferina, uma substância que em determinadas condições se torna luminescente. A luz verde é o sinal para que o macho interrompa seu balé aéreo e venha juntar-se à fêmea.
Essa diferenciação tão marcada entre os sexos é rara entre os coleópteros. Existem espécies relacionadas em que ambos os sexos são alados e luminescentes. A maioria das variedade são pequenos insetos tropicais.
A espécie Lampyris noctiluca é a mais comum no Brasil. Sua larva luminescente é muito parecida com a fêmea adulta. Lesmas e caracóis são seu principal alimento, mas ela é capaz de comer até criaturas muito maiores que ela, injetando-lhe antes um líquido paralisante. O estágio larval dura seis meses, a maior parte dos quais passada debaixo da terra. Ao emitir luz, a fêmea do vaga-lume corre um risco, pois atrai seus predadores como carangueijos, aves e rãs.
Como é produzida a "luz"?
Uma molécula de luciferina é oxidada por oxigênio, em presença de trifosfato de adenosina, ocorrendo assim a formação de uma molécula de oxiluciferina, que é uma molécula energizada. Quando esta molécula perde sua energia, passa a emitir luz. Esse processo só ocorre na presença da luciferase, que é a enzima responsável pelo processo de oxidação. As luciferases são proteínas compostas por centenas de aminoácidos, e é a seqüência destes aminoácidos que determina a cor da luz emitida por cada espécie de vaga-lume. Para cada molécula de trifosfato de adenosina consumida durante a reação, um fóton de luz é emitido. Portanto, a quantidade de luz enviada pelo vaga-lume indica o número de moléculas de trifosfato de adenosina consumidas.
Este processo é chamado de "oxidação biológica" e permite que a energia química seja convertida em energia luminosa sem a produção de calor. As luzes têm diferentes cores, pois variam de espécie para espécie e nos insetos adultos facilitam a atração sexual. Os lampejos equivalem ao início do namoro: são códigos para atrair o sexo oposto. Mas a luminescência também pode ser usada como instrumento de defesa ou para atrair a caça.
Lucia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe
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TEXTO II
A REVOLTA DOS VAGA-LUMES
Maria Alice do Nascimento e Silva Luzinger
Nas noites de luar, a terra parece iluminada por um holofote imenso. E na roça, onde não há luz elétrica, as estradas ficam tão brancas, tão claras, que até se pode encontrar um alfinete perdido.
Mas nas noites escuras, quando as trevas envolvem campos e florestas, o vaga-lumes, com suas lanterninhas verdes, iluminam o mundo dos bichos. Um dos bichinhos dizia:
- Vaga-lume, alumia o meu caminho, não enxergo nada, ta tudo tão preto!...
Enquanto outro pedia:
- Vaga-lume, meu filhotinho não voltou ao ninho, vamos procurá-lo?
Sem perder tempo, lá se iam eles, ajudando a uns e a outros. Às vezes, nem chegavam para as encomendas. Os vaga-lumes cresciam de importância porque os outros bichos precisavam deles e sentiam-se valorizados e felizes, desempenhando sua missão com amor e dedicação.
Muitas vezes, quando passavam pela lagoa, viam as estrelas refletidas nas águas e pensavam, orgulhosos, que eram as suas luzinhas que piscavam. As estrelas achavam graça nessa ilusão tão bonita.
Mas lá vinha a lua cheia e dava um peteleco no prestígio e na vaidade dos vaga-lumes. Pois se as próprias estrelas empalideciam ante o brilho da lua, então, pra que vaga-lume?
Os bichos logo perceberam a situação e começaram a zombar das lanterninhas verdes de luz fosforescente:
- E agora, vaga-lume, com esse clarão todo, pra que servem suas lanternas? Será que são contas de vidro?
E riam:
- Quá, quá, quá...
O sapo verde da lagoa era mestre nessas ironias:
- Boa mesmo é a Comadre Lua! Eta, lanterna bacana! Até parece o olho de Deus!...
Do alto de sua importância, a lua cheia zombava, complacente, a zombaria dos bichos, rindo um riso branco e luminoso.
Mas lá voltava o minguante, a lua fraquinha, uma fatia fina de queijo na escuridão do céu, e os bichos precisando dos vaga-lumes de novo, para iluminarem os caminhos da terra.
- Vaga-lume, preciso apanhar umas ervas, alumia a estrada pra mim?
E um bando de pirilampos faziam a noite virar dia iluminando o campo com suas diligentes lanterninhas. A erva para preparar o chá era encontrada, ou os flocos de algodão apanhados para aquecer os filhotinhos nas noites frias.
Durante muitos anos, os vaga-lumes enfrentaram com coragem essa situação injusta, ora felizes, aparecendo sempre que os bichos precisavam deles, ora humilhados, achando que não serviam pra nada. Mas chega um dia em que a paciência se esgota e foi assim que, cansados de tanta ingratidão, os vaga-lumes resolveram fazer greve.
Era uma noite de lua minguante e o céu estava escuro que nem breu. Os bichos, que não desconfiavam de nada, começaram:
- Vaga-lume, corre aqui!...
Mas nada de vaga-lume, a noite continuava tão negra quanto antes.
- Vaga-lume!... Vaga-lume!...
- Não respondem!... Era só o que faltava! Uma noite escura como esta e os engraçadinhos brincando de esconder...
Os bichos confabulavam, tentando descobrir o que teria acontecido. Resolveram mudar de tática e atrair os vaga-lumes com mais jeito:
- Vaga-lume, preciso de suas luzinhas. Pode vir até aqui?
O pedido se fazia mais doce, os bichos caprichavam na delicadeza da voz. Mas qual!... Ninguém sabia por onde andavam os vaga-lumes.
Nessa noite, muito filhote ficou perdido e muito bichinho não pôde dormir com frio ou com espinho espetado na patinha.
No dia seguinte, os bichos se reuniram e foram procurar os vaga-lumes para uma explicação. Mas foi a vez dos vaga-lumes rirem, respondendo maliciosamente:
- Pois não é que faltou óleo nas minhas lâmpadas!
- A minha pilha falhou...
- O vento apagou a minha lanterna...
- Eu fui dormir cedo...
E foram ficando por aí... Os bichos não procuraram se aprofundar no assunto e logo esqueceram o caso.
Ora, aconteceu que tempos depois programou-se na mata uma grande festa para saudar o início da primavera. Os organizadores, a raposa, o macaco e o cabrito, estavam contando coma lua cheia:
- E se a lua falhar nesse dia? Olhe que ela às vezes gosta de brincar de esconder!...
- Não vai falhar, não. Por que haveria de falhar logo nesta noite? E se falhar, chamaremos os vaga-lumes.
- Quem sabe é melhor combinar tudo antes? Eles andam dizendo por aí que não são suplentes da lua e outras coisas... São capazes até de cobrar a iluminação...
- Então deixe pra lá, os vaga-lumes ficam só pra último caso...
E chegou a grande noite: tudo pronto, os doces preparados, as barraquinhas enfeitadas, a orquestra dos sapos presentes e todos vestidos nas suas melhores roupas, mas cadê a lua cheia? Parecia até que Dona Lua entrara nos planos dos vaga-lumes...
Foi aí que começou o corre-corre em busca dos vaga-lumes. Os bichos dividiram-se em grupos, cada um partiu num direção.
Com suas lanterninhas apagadas, os vaga-lumes fingiam dormir. As buscas foram todas inúteis, ninguém sabia onde estavam. Parecia até que tinham desaparecido da face da Terra.
A festa, que dependia de uma boa iluminação, foi um fracasso completo.
No dia seguinte, os bichos, desapontados com o fiasco, procuraram os vaga-lumes, exigindo uma explicação. Como da outra vez, tudo o que ouviram foram respostas espirituosas. Espantados com uma situação nova pra eles, pararam um pouco pra pensar sobre o caso.
Sozinhos ou em grupos, começaram a examinar as causas da estranha atitude dos vaga-lumes.
- Será que a gente não tem sido muito injusta com eles? – perguntou a rolinha para Mestre Rola.
- Acho que sim. Nós nunca pedimos um favor a eles, nós damos é ordens.
No dia seguinte, num tronco de árvore, Dona Formiga comentava com Dona Cigarra:
- Esquisita essa atitude dos vaga-lumes, não é, Dona Cigarra? De repente ficaram tão cheios de si, tão prosas!...
- Sabe, Dona Formiga, acho que eles é que têm razão. Nós estamos sempre pedindo favores, usamos suas lanterninhas verdes e nunca dizemos nem obrigado...
- Pensando bem, a senhora tem razão...
- Sabe, comadre, eu fui ingrado com os vaga-lumes, comentava o Sabiá com a Patativa.
- Ingrato, por quê, Comadre Sabiá?
- Se não fosse a lanterninha do vaga-lume, eu não poderia ter tirado o espinho da patinha do meu filhote. E sabe o que eu deveria ter feito? Deveria ter levado um presente e agradecido. E não fiz nada disso, esqueci logo o favor.
- Engraçada a sua mania de pensar em tudo... Eu nunca me lembraria disso! Mas talvez o compadre esteja certo.
A greve durou quatro luas. E durante quatro luas, os bichos tiveram bastante tempo para pensar em suas atitudes.
E quando no minguante os olhinhos fosforescentes voltaram a brilhar, a mata ficou em festa.
Hoje os bichinhos da floresta dormem sossegados nas noites escuras e sem lua, pois sabem que as lanterninhas verdes estão sempre lá, velando seu sono.
QUESTÕES
INTERPRETAÇÃO: Para que haja interpretação... é preciso compreender o que está escrito e para isso, sugiro que se trabalhe antes a ORTOGRAFIA com o uso do DICIONÁRIO.
ORTOGRAFIA: Para que possamos compreender melhor o que estamos lendo, ou seja, para a...(continua o planejamento)
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